sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Exposição MATERIALIDADES

 Orlando Falcão
 Aníbal Alcino
 Neves e Sousa
 Irene Pissarro e Gilberto Lopes
 Irene Pissarro
 
 Francisco Lezcano
 Esperanza Ascenzi e Francisco Lezcano
 
 Juan Cidrás
 Branislav Mihajlovic
 
Orlando Falcão e Neves e Sousa

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ORLANDO FALCÃO

 
 
“Paisagem com pássaro”
72x82 cm
1.100,00 €
 
“Composição”
Técnica Mista
80x80 cm
1.100,00 €


Nasceu em Bragança em 1956.
Concluiu o curso da Escola Superior de Belas Artes no Porto “Artes Gráficas e Design” em 1978.
Tem desenvolvido a sua actividade profissional no campo das Artes Gráficas e de Publicidade.
É professor na Escola Soares dos Reis.
Expôs individualmente na Galeria do Café Belas Artes – Porto; Galeria Da Vinci – Porto; Galeria Senhora Dona – Porto; Galeria Hotel Meridien – Porto; Lóios Galeria – Porto.
Expôs colectivamente em França, Recife – Brasil, no Hospital Maria Pia e no Palácio da Bolsa.
Participou pela Lóios Galeria na feira de Arte: Europ’Art – Genebra – Suíça; Art Jonation – Cannes – França; Lineart – Gent – Bélgica; e na FAC – Feira de Arte Contemporânea – Coimbra.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ANÍBAL ALCINO

 
Óleo s/tela
65x50 cm 
4.000,00 €
 
“Praia”
Óleo s/ tela
50x65 cm
4.000,00 €
 
Óleo s/tábua
65x45 cm
4.000,00 € 
 
 
Pintor de feição expressionista, por vezes cubista, que usa da simplificação e da elipse.
Nasceu em 1926, em Vila da Feira.
Diplomou-se na ESBAP (Curso Superior de Pintura).
Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian.
Expôs na Galeria Alvarez, do Porto, na Galeria Divulgação, e na Galeria de Março, de Lisboa. (“Dicionário de Pintores e escultores” de Fernando de Pamplona).
Como membro do grupo "OS INDEPENDENTES" participou em diversas exposições de arte moderna promovidas por esse grupo.
Colaborou com o pintor Júlio Pomar na página de "Artes e Letras" do Jornal de Notícias, tendo ainda textos de crítica de arte dispersos por outros jornais e revistas.
A sua primeira exposição individual foi em 1939 no Teatro S. João, Porto.
Expôs colectivamente nos 1.º e 2.º Salões dos Novíssimos; Artes Plásticas (1.ª e 2.ª) da Fundação Gulbenkian; Prémio António Carneiro, Biblioteca-Museu de Amarante, 1963; Bienais Internacionais de Vila Nova de Cerveira; Prémios Armando de Basto (1950) e António Carneiro (1956). Nos anos noventa expôs na “Loios Galeria” do Porto.Vem referenciado em “Pintores do Minho”, de Nuno Lino Carvalho.
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Aníbal Alcino Ribeiro dos Santos, nasceu a 3 de Outubro de 1926 na Vila da Feira.
Diplomou-se na ESBAP/Curso Superior de Pintura.
Foi bolseiro da Fundação Calouste GulbenKian (1963 e 1964) em Madrid.
Como membro do grupo «OS INDEPENDENTES» participou em di­versas exposições de arte moderna promovidas por esse grupo. Colaborou com o pintor Júlio Pomar na página de «Artes e Letras» do Jornal de Noticias, tendo ainda, textos de crítica de arte disper­sos por outros jornais e revistas.
 
Exposições Individuais
1939 - Cinema S. João - Porto
1941/43 - Salão Silva Porto - Porto
1947/48 - Galeria Portugália - Porto
1951 - Ateneu Comercial do Porto
1953 - Exposição no SNI - Lisboa
1953 - Galeria António Carneiro - Porto
1954 - Galeria de Março - Lisboa
1954/55 - Galeria António Carneiro - Porto
1957 - Sociedade Harmonia Evorense – Évora
1957 - Galeria Alvarez - Porto
1959 - Galeria Divulgação - Porto
1959 - Museu Luanda - Angola
(Nos anos sessenta realizou algumas exposições em Viana do Cas­telo)
1975/79/86 - Salão da Cultura - Viana do Castelo
1988 - Galeria Barca D'Artes - Viana do Castelo
1990 - Galeria Barca D'Artes - Viana do Castelo
1991 - Loios Galeria - Porto
1992 - Galeria Barca d'Artes - Viana do Castelo 1993 - Loios Galeria - Porto.
Exposições Colectivas
1943 - «Exposição Independente» dos alunos da ESBAP - Porto
1945 - «Exposição Independente» - Instituto Superior Técnico - Lis­boa
1945 - IX Missão Estética de Férias - Évora
1946 - X Missão Estética de Férias - Museu Grão Vasco - Viseu
1946 - «Exposição Independente» - Galeria Portugália - Porto
1948 - XI Missão Estética de Férias - S.N.B.A. - Lisboa
1950 - VI Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1951 - 14.§ Exposição de Arte Moderna - SNI - Lisboa
1952 - Exposição dos Artistas Premiados - SNI - Lisboa
1952 - Exposição de Arte Contemporânea da Metrópole - Luanda e Lourenço Marques
1954 - X Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1955 - Exposição de Arte Moderna - Amarante
1955 - Exposição de Arte Moderna - Penafiel
1956 - II Salão de Outono - Estoril
1957 - «Trinta Anos de Cultura Portuguesa» - SNI – Lisboa
1957 - XII Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1957 -1 Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste GulbenKian - Lisboa
1957 - V Exposição de Cerâmica Moderna - SNI - Lisboa
1957 - III Salão de Outono - Estoril
1958 - «I Exposição de Pintura a Óleo» - Vila Real
1958 - III Missão Internacional de Arte - Évora
1959/60/61 - «Salão dos Novíssimos» - SNI - Lisboa
1959 - II Exposição de Arte Moderna - Museu Regional de Viana do Castelo
1960- 1 á Exposição Livre de Pintura Contemporânea - Lamego
1961 - «Exposição da Vida e da Arte Portuguesa» - Lourenço Mar­ques
1962 - II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gul­benkian - Lisboa
1970 - Exposição Colectiva de Pintura - Elvas
1975 - 1.ºs Encontros Internacionais de Arte - Viana do Castelo
1976 - Exposição de Pintura Portuguesa - Estoril
1976 - Exposição Colectiva de Artistas Europeus - Los Angeles - U.S.A.
II - III - IV Bienal Internacional de V.N. de Cerveira
1982/83/84/85/86 - Exposição Colectiva de Artes Plásticas do C.C.A.M. - Viana do Castelo
1986 - Exposição de Pintura Portuguesa - Évora
(integrada pela Sec. de Estado da Cultura no dia 10 de Junho - Dia de Portugal)
1987 - Exposição de Pintura Contemporânea Portuguesa - Casino Estoril
1987 - Exposição de Pintura Moderna Portuguesa - Sala Jaques Brel - Pontault Combault - França
Exposição Individual de Pintura, em Viana do Castelo simultanea­mente no Salão dos Antigos Paços do Concelho e Galeria Barca d'Artes em 1988. Organização do Centro Cultural do Alto Minho. Salão de Outono na Galeria do Casino do Estoril em 1988. Salão de Outono na Galeria do Casino do Estoril em 1990. Exposição Colectiva de Aguarelistas Portugueses, na Galeria do Ca­sino Estoril em 1990.
Exposição Individual de Pintura na Galeria Augusto Gomes (Mato­sinhos - 1989).
I.ª Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com mo­tivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Asso­ciação Industrial Portuense, (EXPONOR - 1989).
II.ª 9 Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com mo­tivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Associação Industrial Portuense (EXPONOR - 1990).
I.ª Exposição Geral de Artistas Plásticos com motivos ligados à ci­dade do Porto e Vila Nova de Gala (1989).
Exposição Colectiva de Artistas Portugueses, na Sociedade Nacio­nal de Belas Artes, em Lisboa, subordinada ao tema: «A VINHA E O VINHO » (3.º prémio de pintura a óleo) - Organização das Caves Aliança.
Exposições Colectivas de Artes Plásticas, organizadas pelo Centro Cultural do Alto Minho, na Galeria Barca d'Artes, em 1988 e 1989.
 
Prémios Nacionais
1946 e 1947 - Prémio «Rodrigues Soares» da ESBAP.
1950 - Prémio «Armando Basto».
1958 - Prémio «António Carneiro» do SNI.
 
Colecções em que está representado
Museu Nacional Soares dos Reis - Porto
Museu de Luanda - Angola
Museu Regional de Amarante
Museu Regional de Viana do Castelo
Instituto Politécnico - Viana do Castelo
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima
Câmara Municipal de Viana do Castelo
Hospital Distrital de Viana do Castelo
Ateneu Comercial do Porto
Centro Cultural do Alto Minho
 
Está ainda representado em valiosas colecções parti­culares no País e no Estrangeiro
 
Alguma Bibliografia
«A Arte em Portugal» no Séc. XX - José Augusto França Edição - Bertrand.
«Dicionário da Pintura Universal» p/ Fernando Pernes
Edição - Estúdios COR.
«Dicionário dos Pintores Portugueses» - Fernando Pamplona.
«Pintura e Escultura em Portugal 1940 - 1980». - Rui Mário Gon­çalves.
«Estudos sobre Artes Plásticas - os anos 40 em Portugal e outros es­tudos» - Fernando Guedes - Colecção Artes e Artistas
Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Livros Publicados
Aníbal Alcino - Um Professor no Alentejo
Edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo - 1989.

BRANISLAV MIHAJLOVIC

“Campo II”
Técnica Mista
83x86 cm
1.900,00 €
 
Nasceu em 1961, em Belgrado, Sérvia. Finalizou os estudos de pintura na Escola Superior de Belas Artes, Universidade de Belgrado, em 1986, e o Mestrado em Pintura em 1989, na mesma escola.

Desde 1982, participou em mais de duzentas exposições colectivas na Sérvia, Itália, Holanda, Polónia, Alemanha, Espanha e Portugal e realizou setenta exposições individuais. A sua obra está representada em várias colecções particulares e públicas.

No seu país de origem foi premiado quatro vezes.

Desde 1992 vive e trabalha em Portugal.

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (RECENTES)

2000
"Pastel", Galeria Art House, Cascais
"Pintura", Belgrado, Jugoslávia
"Pintura", Vrnjacka Banja, Jugoslávia
"Pintura", Galeria La Villa, Estoril

2001
"Pintura", Galeria Bairro Alto, Lisboa
"Obras Recentes", Galeria Iosephus, Lisboa
"Última Viagem do Faraó", Galeria LCR, Sintra

2002
"Sinais de História", Galeria Sala Maior, Porto
"Pintura", Galeria La Villa, Estoril
"Matéria Atrai Matéria", Galeria Sacramento, Aveiro

2003
"Emigração", Galeria Vértice, Lisboa
"Pintura", Galeria La Villa, Estoril
"O Sonho de Jacob", galeria Ao Quadrado, Santa Maria da Feira

2004
"Pintura", BelourArte Gallery, Sintra
"Quadros Sobre Passagem", galeria Don Quixote, Vila Franca de Xira

2005
" Casa Abandonada", galeria Magia Imagem, Lisboa
"Obras Recentes", galeria LM, Sintra

2006
" Milagres e Aparições", galeria Nuno Sacramento, Aveiro
"Milagres e Aparições", galeria João Redondo, Setubal
"Obra Gráfica", Centro Português de Serigrafia, Lisboa

2007
" Pintura ", Galeria Vertice, Lisboa
"Pequenos Formatos I", Galeria Dom Quixite, Vila Franca de Xira
"Pintura", Museu de Água, Lisboa
"Caminhando Sobre Água", Museu de Água, Coimbra
"Quadros", Galeria "Chaos", Belgrado
"Histórias Bíblicas", Palácio Ribamar, Algés

2008
"Contos de Lisboa", galeria LM, Sintra

2009
"Quadros", galeria "Atrium", Belgrado
"Espaços de Tradição", Centro Cultural de Azambuja com Carlos Ramos,
"Novos quadros", Galeria Sala Maior, Porto
"Pintura", Galeria Ao Quadrado, Sª Mª da Feira com Paulo Neves
"Salas de Espera", Galeria BelArt, Novi Sad, Sérvia

2010
"Nave Industrial", Microarte Galeria, Lisboa
"Salas de Espera", Ververs Gallery, Amsterdão
"O Pó da Estrada", galeria LM, Sintra
"Pintura", Museu Municipal, Cupria, Servia

ESPERANZA ASCENZI

“Jogos Arcaicos”
Óleo s/tela
69x58 cm
1.950,00 €
 
 
De pronto, cuando una "Nueva Realidad" se impuso, allá por los años ochenta, esa nueva realidad se encontró conque ahí estaba ya instalada Esperanza Asensi, alicantina fina.
 
Y, amén de fina, elegante, exquisita, dulce e irónica. Así en la vida como en el arte, en el que se ha hecho un nombre con más arrestos que tiempo. La pintura de la Asensi es una pintura que se inspira en el pasado sin perder de vista el presente. Con una ventana abierta al mundo grecorromano y otra ventana abierta al disparatado mundo de nuestros días, Esperanza parece estar diciéndonos que ni aquéllo ni ésto, o que ni aquéllo está tan lejos ni ésto tan cerca, o que todo cambia porque todo permanece. Y todo esto que ella dice, en su pintura, se observa mejor cuando uno se instala frente al Mar de la Cultura, ese mar que nos lleva y que nos trae y que nos sobrevive porque es el único mar (pese a estar de siempre amenazado) que quedará cuando no haya mares, porque el Mediterráneo no es un mar más. Es El Mar. La Mare Nostrum. Nuestro mar. Esperanza Asensi se ha aprendido de memoria Grecia y Roma, toda Pompeya y toda Sicilia y toda Nápoles y todo lo etrusco. Y con ese material arcaico ha elaborado el vasto edificio de su "Neorrealismo Arcaico", nombre seguramente desmesurado pero que conviene para entendernos con ella, para saber dónde está la pintura y su pintura y dónde está el observador y la emoción. No es posible sentir indiferencia ante sus cuadros, porque nuestra "conciencia colectiva" se inclina ante ellos y se reconoce en lo pintado. El laberinto de Creta, los Bacos degustadores de uvas tiernas y vinos con boca de mujer, los guardianes de la Acrópolis, los hercúleos Hércules con su guardia de herculanos, los nuevos Edipos frente a la eterna esfinge y los complejos de siempre... todo eso que en otros sitios son páginas en los libros, en Alicante, donde la pintora vive, y en todo el levante español, son celebraciones cotidianas que se ponen en pie (fallas, carrozas, hogueras) a la pimera de cambio con motivo de cualquier festejo. La pintora pinta lo que siente, lo que vive, lo que sueña y lo que imagina. Y lo pinta con gracia y con ironía, con frescura y galanura, enmarcado en unos frisos que hablan bien a las claras de esa actividad debida a los antiguos que es la cerámica levantina. Un deleite de pintura, que alguien tachará de demasiado próxima a otros artistas que han ido a beber a la misma fuente clásica en la que bebe la alicantina.
 
A Adrián Espí Vallés: "Con qué tibia evocación se acerca la pintura de Esperanza al caudaloso oleajeinmenso placer- del Mediterráneo, padre de culturas y mensajero de historias de hombres y de dioses, de fuerzas extrañas y de locuras confusas. Con fulgor en el pincel, con amor hondo, con picardía encendida, con ironía inmensa".
 
Mario Antolín Paz: "Pintora de fuerte personalidad que realiza una obra figurativa de moderna concepción y paradójicamente plena de reminiscencias clásicas. Un delicado cromatismo, con predominio de ocres y tierras caracteriza una obra pictórica en la que la densidad matérica y la firme línea del dibujo juegan un importante papel".
 
B Catálogo exposición galería Juan de Juanes. Alicante, 1992.
 
Diccionario de pintores y escultores españoles del siglo XX. Forum Artis. Madrid, 1994.

FRANCISCO LEZCANO

“Homenagem a Haroun Tazieff”
Técnica: Tierras
100x100 cm
2.000,00 €

 
“Bailarino de Pedre”
Técnica: Tierras
100x100 cm
2.000,00 €


Na cidade catalã de Barcelona, a 19 de Janeiro de 1934, nasce Francisco Lezcano Lezcano.
A repetição do apelido provém da afinidade de sangue se seus pais: Ricardo Lezcano Fernandez e Carmen Lezcano Guarinos.
Três anos mais tarde, a família transfere-se para Las Palmas, nas ilhas Canárias.
Decorre o período trágico da eclosão da guerra civil em Espanha e o prelúdio dramático da II Guerra Mundial.
Em contacto com as ilhas, o misterioso sortilégio da paisagem e o exuberante colorido das suas gentes, a criança cedo revela uma vocação inata para o desenho e, logo nos primeiros tempos da escola, a pedido dos companheiros de turna e de folguedo, traça «comics» imaginativos num prodígio de linha e se sombra. Os pinguins e as formigas são personagens da sua predileção, executadas com um estilo surpreendente, capacidade de síntese e abstracção.
Na Escola de Artes Plásticas Luján Pérez, da qual nunca foi aluno mas visitante assíduo numa perspectiva de encontro com outros artistas e promoção de actividades culturais, trabalha na investigação de novos materiais para a realização das suas obras.
Em oposição permanente com as estritas normas do regime franquista, é com as estritas normas do regime franquista, é com esse espírito que expõe as suas primeiras telas e realiza o seu primeiro mural, animado pelo conceito do abstracto que, na época se expande através do Grupo Espacio de que faz parte.
Com o sentimento estético concilia uma poderosa força vitalizadora para a poesia, buscando nos elementos telúrico e humano, os estímulos para o seu caleidoscópio interior.
A paixão pela natureza é nele uma qualidade intrínseca. Investigador infatigável dos fundos oceânicos e das grutas dos vulcões, embrenha-se nos seus mistérios, perseguindo os segredos longínquos, profundos, impenetráveis dos ecos e apelos de outros mundos. Data desse tempo, o seu interesse acentuado pela fauna e pela flora submarina, pelos minerais pela paleontologia a que junta o prazer de um envolvimento absorvente por outras ciências.
Viaja pela Península. Impregna-se bem da sua ilha; Ela é o oásis onde pode desenvolver o potencial criativo que há-de fazer dele um Artista-Humanista, um Humanista-Artista.
A agitação que ameaça fazer deflagrar o Ocidente intensifica em si um sentido de penetrante acuidade, temperada em sonhos de esperança e desencadeada em verdadeira angústia social.
Em 1967, instala-se em Madrid para trabalhar como técnico num Departamento de Engenharia de uma Multinacional, situação que lhe não é de forma alguma confortável nem aliciante.
Incrementa, no entanto, intensa actividade literário e realiza as suas primeiras esculturas em ferro, de grandes dimensões.
Pertence ao Comité Directivo dos Amigos da Unesco. Mais tarde, a Televisão Espanhola revelaria dele uma outra faceta, a de desenhador humorístico.
Dotado de uma índole sensível, extraordinariamente receptiva e poderosamente irrequieta e insatisfeita, ao mesmo tempo que procura as grandes profundidades, as montanhas silenciosas, a solidão dos horizontes, identifica-se com os problemas do seu tempo e toma parte nos movimentos que visam a paz e unidade mundiais.
Esta atitude, como é de prever, incomoda o regime de Franco, que o persegue e põe em risco a sua vida e a segurança da família.
Depois de uma exposição de pintura na Galeria Tosão de Oiro e de um emocionante recital de poesia, abandona Espanha.
Asilado político pelo Bureau da ONU para os refugiados políticos, Francisco Lezcano transpõe a fronteira belga e entra em contacto com um clima fértil de experiências culturais em todos os campos, que lhe permitem ampliar as suas múltiplas capacidades latentes e orientar a sua criatividade na escalada para o imaginário.
Do desenho simbólico-surrealista, da pintura expressionista-simbólica, abre clareira ao subjectivismo, um subjectivismo muito especial onde o traço audaz impõe a trajectória do enigma humano e a cor é um simultâneo de intervenção e renascimento dos valores e direitos individuais.
Organiza conferências, recitais, participa em debates, colóquios, defende a não-violência, luta pelos oprimidos, fiel ao lema: «construir o Amor, não à guerra».
Em Inglaterra vamos descobri-lo ao lado de Seam Mac Bride, Prémio Nobel da Paz e, na Bélgica, com outro Nobel, Adolfo Pérez Esquivel. Na ONU, numa conferência para o Desarmamento. E uma reunião do Parlamento Europeu, elaborando um estatuto a favor dos refractários ao Serviço Militar, os Objectores de Consciência, em Bruxelas.
Da poesia intimista e de ordem sociológica envereda pela prosa fantasista, característica de uma juventude ardente e insubmissa, e ingressa pelos caminhos da ciência-ficção e especulação científica. Atraem-no os variados ramos do saber: Física, Química, Alquimia, Metafísica.
A cumplicidade da matéria aliada è energia do espírito.
Chamam-lhe «colosso», o «homem das mil almas», «monstro sagrado da pintura espanhola», «emissário de Neptuno». O poeta belga Marc Klugkist acrescenta à lista: «nómada do sonho».
Não é exagero metafórico. Neste Artista, pintar e actuar ligam-se de forma indestructível, não propriamente pelo estimulante cultural que se difunde por toda a Europa mas devido ao seu próprio caracter e sensibilidade que o introduzem a expor tanto no Palácio das Nações Unidas como em pleno campo para os rurais e para o proletariado.
Viajante infatigável, os seus quadros percorrem as Canárias, França, Espanha, Suíça, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra. São apreciados não só nas grandes capitais europeias, como nos povoados, aldeias, descampados e em terreno ocupado por ecologista em Alsácia. Os seus desenhos continuam a preencher revista especializadas desde a Rússia ao Japão.
Em 1987, Francisco Lezcano tem ensejo de visitar Portugal. O seu interesse pelas pessoas e pelos locais, especialmente pelas zonas ribeirinhas, leva-o a registar no seu programa Video-Memoria-Cultural, uma extensa reportagem, exemplo que persegue em outros países. «Havana-96. Recordações de um Turista Heterodoxo» é o título que domina o certame de fotos sobre Cuba «Período Especial», realizado em finais de 1997.
Actualmente em França, onde reside, envolto pelo fascínio mágico dos cátaros e da sua história medieval, Francisco Lezcano pinta e escreve sem cessar. Solicitado por entidades culturais de todo o mundo, são suas próximas metas Jordânia e Cabo Verde.
Entretanto, está entre nós.
Para aqueles, para quem viver representa uma Arte, não termino sem registar um excerto do pensamento desta extraordinária figura tão multifacetada como carismática:
«Aprendamos a caminhar sobre as águas e a atravessar as chamas» - «passar incólume sobre o fio de uma navalha como o caracol» - «comtemplar impávido um terramoto» - afirmações de um Artista que «não acredita na morte» e que não se coibiu de proclamar:
 
«Assim que os homens aprendam a amar-se uns aos outros, terão construído o seu primeiro dia de luz».
 

Aurora Tondela – Portugal 1998

GILBERTO LOPES

“Ouro-Preto”
Óleo s/ tela
73x92 cm
1.500,00 €
 

Nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1933. Com Francisco Macedo e Mendes da Silva estudou cerâmica e desenho na Escola Secundária “Passos Manuel”.
No II Salão de Educação Estética (Lisboa, 1949) são-lhe atribuídos prémios e menção honrosa. Nos anos 1951 a 1953 estuda desenho (modelo vivo) na Escola Superior de Belas Artes do Porto, com Joaquim Lopes e Dórdio Gomes.

Pratica desenho arquitectónico no atelier do Arq. Moura Costa.

Em 1954 muda-se par o Brasil. Pinta retratos e painéis murais (v.g. Seminário Santo António, Agudos, Bauru: 54m2). Dedica-se paralelamente ao “design” colaborando com Michel Arnoul, Francisco Tenreiro e Sérgio Rodrigues.
Em 1960 muda-se para Belo Horizonte onde realiza vários murais (Hotel Metrópole e residências particulares). Continua a dedicar-se à paisagem e ao retrato.
De 1962 a 1965 passa a viver no Rio de Janeiro, dedicando-se ao “design” e em decorações em residências particulares.
Em 1971 e 1973 participa nos 1.º e 2.º Salões Nacionais de Design.
Em 1981 expõe na Galeria “Roma e Pavia” (Porto).
Expõe individual e colectivamente em várias cidades do Brasil.
Em 1987 participa no IV Salão de Artes Plásticas do Rotary Club de V. N. Gaia.
Em 1990 expõe individualmente na Lóios Galeria (Porto).

IRENE PISSARRO

ALGUNS PORMENORES”
Acrílico s/ tela

90x140x4cm
1.500,00 €


Irene Pissarro nasceu em Lisboa em Novembro de 1957
Estudou Pintura e Artes do Fogo na Escola de Artes Decorativas António Arroio
Continuou os seus estudos de Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa
Estudou Design e Tecnologia para a Cerâmica na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha
Em 1978, formou o seu próprio atelier no ramo da Cerâmica e Pintura trabalhando exclusivamente nesta actividade durante 12 anos
Forneceu regularmente trabalhos seus para diversos Designers de Interiores, bem como para empresas “ALTAMIRA” e “DIMENSÃO” em Lisboa
Irene Pissarro combina estas actividades com a de professora de Artes Visuais, há cerca de 20 anos

Exposições colectivas
· Galeria do Restaurante Panorâmico de Monsanto - Lisboa
· 1ª Arco de Madrid
· Estufa fria em Lisboa
· Exposição no Museu da Água – EPAL com o tema “Água” – Lisboa
· Feira internacional de Valência – Espanha
· Galeria do Auditório da Câmara Municipal das Caldas da Rainha
· Galeria do Castelo de Pires Couche
· Galeria da Cooperativa “A Sacavenense”
· Galeria 74 - Porto
· Galeria do Auditório de Vendas Novas – “Arte no Feminino”
· Galeria do Museu Grão Vasco – Viseu
· Galeria Khroma – Vigo
. Pontes Luso-Galaicas (Galeria Vieira Portuense) - Porto
. Ao Redor do Touro (Galeria Vieira Portuense) - Porto

Exposições individuais
· FATACIL em Lagoa - Algarve
· Galeria da Junta de Turismo da Ericeira
. Galeria Vieira Portuense - Porto